Vereador é acusado de forjar facada e pode perder o mandato
Laudo da perícia desmente versão apresentada por Paulo Cothé; caso pode resultar em cassação por quebra de decoro e processo criminal

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local nesta sexta-feira (11), laudos periciais da Polícia Civil contradizem a versão apresentada pelo vereador Paulo Cothé sobre o suposto atentado a faca que ele alegou ter sofrido no fim de maio, durante um evento em Campos.
Na ocasião, o vereador afirmou ter sido atingido na região abdominal, dizendo que o corte sangrou bastante. No entanto, a análise técnica apontou que não havia nenhuma mancha de sangue na roupa apresentada como prova, e que o corte na blusa estava em local incompatível com a lesão descrita acima do umbigo e sem qualquer ferimento no corpo. Diante das contradições, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que deve avaliar se apresentará denúncia formal.
Caso fique comprovado que o vereador forjou o episódio, ele poderá responder por falsa comunicação de crime, falsidade ideológica, falso testemunho e fraude processual crimes que somados podem levar a penas de até 10 anos de prisão.
Além das implicações penais, Paulo Cothé também poderá ser alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar. Esse tipo de infração ocorre quando o parlamentar age de forma incompatível com a ética e a dignidade do cargo que ocupa, podendo resultar em cassação do mandato pela Câmara Municipal, conforme previsto na Lei Orgânica e no Regimento Interno do Legislativo.
O caso segue em investigação, mas a repercussão já levanta questionamentos sobre a responsabilidade e a conduta esperada de quem representa a população.
COMENTÁRIOS