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Campos dos Goytacazes,14/06/2025

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Indícios fortalecem um ataque iminente de Israel ao Irã

g1.globo.com
Indícios fortalecem um ataque iminente de Israel ao Irã


Diante do impasse nas negociações entre os EUA e o regime teocrático para um acordo nuclear, Trump admite que ofensiva israelense é possível. Ilustração mostra símbolo atômico ao lado das bandeiras do Irã e dos Estados Unidos
REUTERS/Dado Ruvic
Os indícios de um iminente ataque de Israel ao Irã se expandiram nos últimos dias. São muitos. As negociações entre EUA e a República Islâmica para um acordo que limite o programa nuclear do país parecem naufragar quando o próprio presidente americano admite estar menos confiante de que o regime aceitará a demanda principal — de parar de enriquecer urânio.
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Questionado sobre a possibilidade de um ataque, Trump reconheceu o risco do confronto: “Não quero dizer iminente, mas é algo que pode muito bem acontecer.”
Israel teme perder a oportunidade de enfrentar um Irã enfraquecido e teria sinalizado ao governo americano e a autoridades europeias de que está pronto para lançar uma operação militar no país.
Soma-se a esta disposição a resolução da Agência Internacional de Energia Atômica aprovada contra o país, pela primeira vez em 20 anos, por não cumprir suas obrigações de não proliferação nuclear. O regime teocrático qualificou a resolução como censura e notificou a agência de vigilância da ONU de que havia construído uma terceira instalação de enriquecimento de urânio capaz de produzir material físsil para fabricar uma arma nuclear.
Trump recebe Netanyahu para discutir sanções ao Irã em abril de 2025
Evan Vucci/AP
Por outro lado, o governo americano determinou a retirada do pessoal não essencial de embaixadas de países do Oriente Médio, como Iraque, Bahrein e Kuwait. E, sob o temor de um contra-ataque de mísseis iranianos, proibiu também seus funcionários de se afastarem da região metropolitana de Tel Aviv.
Até agora, Benjamin Netanyahu vinha cedendo às pressões de Donald Trump para não atacar o Irã enquanto as negociações diplomáticas estivessem em andamento. Mas as conversas empacaram, e o prazo de 60 dias estabelecido pelo presidente americano para o regime aceitar um novo acordo nuclear expirou nesta quinta-feira (12).
A sexta rodada, quando o Irã deveria apresentar sua contraproposta, está marcada para domingo, embora ainda não confirmada. “Eles parecem estar enrolando, e acho isso uma pena. Estou menos confiante agora do que há alguns meses. Algo aconteceu com eles”, constatou o presidente esta semana em um podcast transmitido pelo "New York Post".
O jogo de cena se desenrola em diversos cenários, com advertências recíprocas entre os atores principais. Israel faz saber que o momento é ideal para atacar, impondo mais pressão para o regime negociar com os EUA. O Irã realiza exercícios militares e alerta que, se for atacado, vai retaliar em escala maior do que as ofensivas de abril e outubro do ano passado.
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Se a ameaça israelense é considerada viável e pode ocorrer nos próximos dias, a questão é saber como ela será executada. O país atuará sozinho ou em coordenação com os EUA? De acordo com o jornal “Wall Street Journal”, os EUA não forneceriam assistência ofensiva para um ataque ao Irã.
No entender de Amos Harel, colunista militar do jornal “Haaretz” os dois cenários produziriam efeitos muito diferentes, sobretudo se Israel atuar de forma independente, sem coordenação com os EUA e contra o aviso explícito do presidente.
“Israel precisa dos EUA tanto para reforçar seus sistemas de defesa antimísseis em caso de um contra-ataque iraniano, quanto no futuro, se surgir a necessidade de uma ofensiva aérea contínua contra o Irã, com múltiplas incursões e rodadas”, ponderou.




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