Mauro Cid entrega Bolsonaro e afirma que ex-presidente editou a minuta do golpe
A delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro volta a causar terremoto político em Brasília

A crise envolvendo a tentativa de golpe após as eleições de 2022 acaba de ganhar um novo e explosivo capítulo. Em novo trecho revelado de sua delação premiada, Mauro Cid teria declarado que foi o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro quem editou a famigerada “minuta do golpe”, documento que previa medidas de exceção para anular o resultado das eleições e manter o então presidente no poder.
Segundo relatos que circulam nas redes sociais e já repercutem nos bastidores da Justiça, Cid não apenas confirmou a autoria de Bolsonaro no texto do documento, como também teria afirmado frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o ex-presidente seria preso.
A revelação, se confirmada oficialmente, pode agravar de forma inédita a situação jurídica de Bolsonaro, que já é alvo de múltiplas investigações por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, incitação ao golpe, uso político das Forças Armadas e disseminação de fake news.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e homem de confiança de Bolsonaro, fechou acordo de delação com a Polícia Federal em 2023, e desde então vem colaborando com informações consideradas estratégicas. Agora, sua fala coloca diretamente o ex-presidente no centro da elaboração do plano golpista, o que antes era tratado como suspeita ou dedução por parte dos investigadores.
A nova denúncia ainda aguarda manifestação formal do Supremo Tribunal Federal e pode desencadear novos mandados de prisão, além de acelerar o julgamento de Bolsonaro por crimes contra a democracia.
Nos próximos dias, a expectativa é de que mais detalhes venham à tona e o cerco se feche de vez.
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