Durante a sessão desta terça-feira (20) na Câmara Municipal de Campos, o vereador Marquinho Bacellar fez um pronunciamento contundente em resposta ao vídeo publicado na noite anterior pelo prefeito Wladimir Garotinho. No vídeo, o chefe do Executivo municipal ataca o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar — que é irmão do vereador.

Marquinho subiu à tribuna para defender o irmão e aproveitar o espaço para dar um conselho direto ao prefeito: “Não tem acordo entre homem e criança mimada”, disparou o vereador. “Fui criado na rua, aprendi a ser homem. Apanhei do meu pai. Nunca tive tudo o que queria. Diferente de Wladimir, que sempre teve tudo na mão. Não sabe o que é passar necessidade.”

Em sua fala, o vereador destacou a falta de maturidade política do prefeito e acusou Wladimir de isolar Campos de importantes aliados no governo estadual. “O Estado foi parceiro e é parceiro de Campos. Foram R$ 235 milhões só em asfaltos na área central. E ainda assim ele sobe no palanque pra atacar quem ajuda a cidade?”, questionou.

Marquinho também desmentiu informações veiculadas por apoiadores do governo municipal sobre um suposto jantar entre Wladimir e Rodrigo Bacellar. “Quem pediu o jantar foi o próprio prefeito. E não foi uma, foram três vezes. Tenho coragem de falar isso na cara dele, quando e onde ele quiser”, afirmou.

Ao longo do discurso, o vereador ainda criticou a ausência de ações efetivas do prefeito diante da crise na saúde, mencionando inclusive a operação policial que investiga fraudes na área. “Você não afastou ninguém, não assumiu responsabilidade. Jogou culpa no governo anterior, de novo. Mas se o problema começou lá e continua com você, a culpa também é sua”, pontuou.

Finalizando, Marquinho Bacellar aconselhou: “Prefeito, abandone as redes sociais. Esqueça o que vai ser em 2026. Vamos cuidar de 2025. Coloque gente séria nas secretarias, gente que saiba trabalhar. A cidade precisa de gestão, não de guerra política.”

O Debate Campista continua acompanhando o embate entre o Legislativo e o Executivo campista, em um momento em que a cidade enfrenta desafios graves, especialmente na saúde pública.