Waguinho do Capão
“A fome e a vontade de comer: o prato cheio da política fluminense”
Rodrigo Bacellar e Wladimir juntos em Brasília

“A fome e a vontade de comer: o prato cheio da política fluminense”
Quando a fome encontra a vontade de comer, o banquete é inevitável — principalmente na política. E no cardápio atual do cenário fluminense, os ingredientes são fortes: ambição, articulação e, claro, um tempero de vaidade.
Rodrigo Bacellar, nome em ascensão e cada vez mais cotado como postulante ao governo do Estado, é conhecido pelo apetite político de quem não deixa prato pela metade. Cumpre o que promete, sabe se mover nos bastidores e não mede esforços para alcançar seu objetivo. Para ele, a fome é de poder, mas o preparo é de chef — estratégico, firme e cada vez mais cercado de aliados dispostos a servi-lo.
Do outro lado da mesa, Wladimir Garotinho — descrito por muitos como birrento, mimado e volátil até mesmo entre seus correligionários. Não faltam piadas internas: “Wladimir fala uma coisa agora, dez minutos depois diz que não falou.” Um apetite instável, que parece mudar ao sabor do humor do dia — ou da conveniência política do momento.
Com a fusão entre o Partido Progressistas (PP) e o União Brasil, os rumores fervem nos bastidores: será que Bacellar, com sua famosa “vontade de comer”, vai finalmente saciar a “fome” política de Wladimir? Afinal, como dizem as más línguas — aquelas que sempre estão no ponto —, tem coisa que Wladimir não resiste quando é servida no momento certo.
Para apimentar ainda mais o cenário, causou estranheza a presença de Wladimir em Brasília, no mesmo ambiente político que Rodrigo Bacellar — justamente em um momento de reorganização e possível reequilíbrio de forças. O fato chamou atenção por contrariar até mesmo sua própria família, que já tem um histórico marcado por rivalidades com o grupo de Bacellar. Estaria se desenhando uma nova composição? Uma aliança novamente improvável ou uma jogada de sobrevivência?
Nos bastidores, o que se ouve é desespero: grupos aliados se digladiam, ataques internos se intensificam e o clima de insegurança cresce. O prato principal ainda está sendo montado, mas uma coisa é certa: se depender da habilidade de Bacellar e da carência política de Wladimir, essa união pode virar um verdadeiro banquete — para alguns, um jantar indigesto; para outros, a sobremesa que faltava.
Enquanto o prato é servido, o eleitor assiste. Com fome, sim — mas de mudança, de clareza e, principalmente, de coerência.
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